Agricultura Digital: Conheça 4 ferramentas tecnológicas do Agronegócio

Diversas soluções em agricultura digital estão disponíveis no mercado do agronegócio. Elas são capazes de incrementar a produtividade das lavouras.

O cenário da agricultura digital no Brasil tende a se manter positivo em 2022, considerando o aumento das aplicações tecnológicas nas principais regiões produtivas. 

Uma informação que corrobora com essa afirmativa é o relatório divulgado pela consultoria 360 Research & Reports, apontando que o mercado global do setor terá um crescimento médio de 15,9% ao ano, até 2026.

Outra informação que comprova o bom desempenho da agricultura nacional é a estimativa da safra 2021/2022. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta um crescimento de 10,3 milhões de toneladas maior do que o ciclo anterior, mesmo diante das muitas dificuldades enfrentadas por produtores rurais.

E, dentre estes desafios, a melhora da conectividade no campo é um dos mais importantes. Este é o maior desafio a ser superado na área rural brasileira, já que as soluções oferecidas pela agricultura digital vêm demonstrando como é possível ter mais produtividade sem aumentar a área plantada. 

Ou ainda, apontando como é possível desenvolver um planejamento assertivo do começo ao fim da cultura, prevendo problemas pontuais do setor e agindo com rapidez para evitar prejuízos de ordem climática ou por infestações e doenças. 

Esses são apenas alguns exemplos dos benefícios proporcionados pela agricultura digital. Desse modo, apresentamos  a você as principais ferramentas que já estão em atividade nas propriedades brasileiras. 

Mostraremos também a participação ativa da Case IH nas transformações tecnológicas da agricultura nacional.

Continue conosco e confira as principais tecnologias associadas à agricultura digital que já podemos ver em lavouras brasileiras.

As máquinas conectadas fazem a agricultura digital real. Créditos: Case IH

O Papel da agricultura digital na produção agrícola

Em primeiro lugar é preciso esclarecer que a tecnificação das atividades agrícolas foi impulsionada pela agricultura de precisão, que foi implantada no cenário nacional na década de 1990 e proporcionou, aos produtores rurais, importantes ferramentas para identificação e tratamento de variabilidades identificadas nas lavouras, otimizando assim, a produção de grãos e cereais. 

De lá para cá aconteceram muitas mudanças e a introdução de tecnologias da agricultura digital conquistaram a confiança dos agricultores, em razão dos resultados obtidos a cada ciclo produtivo, como explica Gerson Filippini, especialista de Marketing de Produto AFS, da Case IH: 

“Na agricultura digital, as informações obtidas pelas ferramentas de precisão são armazenadas e transmitidas em tempo real ao produtor. Desse modo, as decisões são tomadas com maior agilidade, diferentemente do processo anterior, no qual os dados recebidos eram implementados apenas na próxima safra”, argumenta. 

Com essa perspectiva, pode-se afirmar que as tecnologias digitais determinarão o futuro da produção agrícola, tendo em vista que já estão presentes nos seguintes resultados: 

• Aumento da produtividade; 
• Economia dos custos produtivos; 
• Qualidade da cultura colhida; e 
• Redução dos impactos ambientais. 

Você pode reconhecer as principais vantagens do funcionamento de tecnologias dotadas de conectividade assistindo ao vídeo a seguir, produzido pela Case IH.

Principais vantagens da adoção das tecnologias de agricultura Digital

Duas importantes tecnologias lançadas pela agricultura de precisão, hoje estão presentes nas atividades da maioria das propriedades rurais: o monitor de produtividade e o piloto automático. 

A revolução causada por esses dispositivos foi se aprimorando ao longo dos anos e, na atualidade, não é possível pensar em adquirir um maquinário agrícola sem as duas soluções. 

“Para o produtor é normal a existência das duas tecnologias, por isso, a atenção está focada no tipo de sinal que irá usar e em como será feita a correção. Isso é possível devido ao funcionamento da telemetria e de outros dispositivos oferecidos pela agricultura digital”, argumenta Filippini.

A Conectividade rural eleva o agronegócio a outro patamar. Crédito: Case IH

Vale lembrar que o uso de softwares para coleta e armazenamento de dados técnicos e financeiros, colaboram para que as fazendas se tornem cada vez mais tecnológicas. Por isso, a próxima etapa será ampliar o uso de máquinas mais inteligentes, autônomas e robotizadas. 

Desafios para democratizar o uso da agricultura digital

Para que a agricultura digital possa ser democratizada entre os produtores rurais brasileiros haverá a necessidade de solucionar alguns desafios. O primeiro é, como já falamos, relacionado à dificuldade de acesso a conectividade, tendo em vista que pouco mais da metade dos domicílios rurais (55,6%) contam com serviços de internet. 

Em contrapartida, o levantamento realizado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD – IBGE) revela que o consumo de banda larga móvel (3G e 4G) e fixa foi ampliado para 77,9% dos domicílios visitados. 

O segundo desafio é o domínio dos produtores rurais e da equipe de trabalho sobre o uso dos dispositivos tecnológicos. Um estudo desenvolvido pela Embrapa, Sebrae e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revela que os empresários estão cientes da necessidade de adotarem tecnologias digitais.

Funcionalidades da agricultura digital. Crédito: Case IH

Na avaliação dos entrevistados, as soluções da agricultura digital serão fundamentais para os seguintes serviços: 

• Obtenção de informações e planejamento das atividades da propriedade (67,1%);
• Gestão da propriedade (59,7%); 
• Mapeamento e planejamento do uso da terra (53,8%); 
• Detecção e controle de deficiências nutricionais do solo (52%); e 
• Compra e vendas de insumos (52%). 

Desse modo, é possível confirmar que existe um grande interesse do setor produtivo em ampliar o uso das tecnologias digitais, e isso será efetivado com atendimento das dificuldades citadas. 

No vídeo a seguir, vale a pena conferir a entrevista de profissionais da Case IH para o portal Tempo&Dinheiro sobre o projeto da Fazenda Conectada e os resultados práticos da adoção das ferramentas digitais. Acompanhe:

Ferramentas de agricultura digital mais recorrentes

As soluções apresentadas pela agricultura digital não param de contribuir com a agricultura nacional. A cada dia, surgem novidades que vão auxiliar o produtor rural a tomar as melhores decisões na sua lavoura. 

Contudo, é importante destacar as opções que já estão em uso e que vêm contribuindo para o aumento da performance das culturas nacionais. Por esse motivo, pedimos ao Gerson Filippini que nos auxiliasse na tarefa. Confira:

• Drones

A utilização do equipamento nas lavouras vem se aprimorando ao longo dos anos e novos produtos são gerados a partir do monitoramento e registro de imagens. 

O representante da Case IH detalha a funcionalidade do drone em relação às imagens de satélite. 

“Os registros feitos pelo satélite servem para termos uma visão geral da fazenda. Enquanto isso, o drone atua de forma localizada e realiza uma foto mais precisa do local, de maneira que possamos entender o que está acontecendo e tomarmos uma decisão”, explica. 

Filippini lembra que se a propriedade não contar com essas ferramentas de monitoramento, o trabalho terá que ser feito diariamente com controle visual. 

“A averiguação in loco não é tão eficiente e alguns problemas, como pragas, não são identificados no início. É nesse sentido que entra a eficiência da imagem de satélite emitindo o primeiro alerta. Na sequência, entra a atuação do drone, pela qual você terá uma dimensão mais precisa do que está acontecendo”, pontua o especialista.

• Piloto automático

De modo geral, o dispositivo oferece o direcionamento de forma automática no maquinário agrícola e é uma das tecnologias mais utilizadas pelos agricultores brasileiros. Gerson explica que o maior benefício para o produtor é concentrar a atenção nas informações de que realmente necessita. 

“As tecnologias presentes no piloto automático trabalham para entregar informações detalhadas do plantio, aplicações e colheita. Então, contamos com esses dados em tempo real, e ainda, uma precisão de até 2,5 centímetros no trabalho realizado no campo”, destaca. 

• Plantio em taxas variável

A aplicação tecnológica permite que o produtor faça uma análise de como potencializar o uso do solo. Então, com as informações levantadas, é possível reduzir a quantidade de sementes ou insumos, evitando desperdício. 

“Se eu tiver acesso às principais condições agronômicas do solo, conseguirei aplicar as correções de uma forma mais assertiva. Dessa maneira, terei menor custo e maior rendimento na lavoura cultivada”, esclarece Gerson.

Nesse contexto, o drone e o piloto automático auxiliam no processo de mapeamento. É importante lembrar que muitas máquinas agrícolas já têm essa capacidade, seja no monitor ou nos módulos instalados nas plantadeiras e pulverizadores.

• Pulverizadores

Uma funcionalidade disponível no mercado é a pulverização com aplicação “bico a bico”. Com esse diferencial, o produtor potencializa ainda mais a aplicação em taxa variável, já que o defensivo será empregado somente na área ou seção em que se faz necessário. 

“Temos essa tecnologia na Case IH e nossa ferramenta mira especificamente onde é preciso. Além disso, o bico consegue fazer a variação e uniformidade da gota, se ajustando automaticamente, em razão do sistema embarcado no equipamento”, reforça o especialista. 

• Telemetria

De modo geral, a uma tecnologia de telemetria faz a coleta de dados de forma remota, envia para a nuvem e fica disponível para ser tratados e analisados por plataformas em tempo real. O portal AFS Connect é a plataforma da Case IH que funciona com três eixos principais: gerenciamento dos dados (agronômicos ou das máquinas), monitoramento da frota (desempenho e manutenção) e a gestão Agronômica da fazenda como um todo

“Nossa tecnologia de telemetria embarcada nas nossas máquinas trabalha para entregar o máximo desempenho das máquinas nos pilares Disponibilidade e Eficiência Operacional. Além disso, a plataforma coleta dados por telemetria em tempo real, registrando e enviando mapas com os dados processados, para que possamos visualizar informações como taxa de plantio, mapas de pulverização e avaliar se houve falhas ou sobreposições”, conclui Filippini.

A conectividade do agro melhora a produtividade. Crédito: Case IH

Como foi possível verificar, a agricultura digital ampliou as funcionalidades das principais ferramentas já utilizadas na agricultura de precisão. A AD se trata então de um novo patamar tecnológico disponibilizado ao setor produtivo. 

Com a conectividade, mais opções serão implementadas e algumas delas já estão disponíveis no portfólio de produtos da Case IH. 

Acesse o site da Case IH e conheça soluções que aumentarão a produtividade da sua lavoura.